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terça-feira, 8 de maio de 2012

Inspirada na Vespa, Piaggio lança a scooter Quarantasei





A italiana Vespa é uma espécie de precursora dos atuais scooters. Uma respeitável vovó com 66 anos, que já vendeu mais de 17 milhões de unidades nos quatro cantos do mundo, inclusive no Brasil. Um ícone que segue sendo renovado, sem esquecer suas raízes, como demonstrou a Piaggio, detentora da marca Vespa, ao apresentar em novembro, durante o Salão de Milão, o modelo Quarantasei, ou 46, em homenagem ao primeiro modelo, batizado de MP6, criado exatamente em 1946, no período do pós-guerra, para atender a extrema carência de transporte em um país arrasado pelo conflito.

A pioneira Vespa MP6 saiu das pranchetas do engenheiro aeronáutico Corradino D’áscanio, que se baseou nos veículos militares lançados dos aviões junto com paraquedistas para se locomoverem em terra. Por isso, precisavam ser pequenas, leves e compactas. Corradino, que curiosamente não gostava de motocicletas, adaptou a ideia e conceito do veículo para uso não militar, mantendo as rodas pequenas e o quadro com chapas estampadas, deixando um vão para as pernas que também possibilitava o uso por mulheres, barateando também os custos de produção, para uma população com poder aquisitivo rebaixado pela guerra.
 

O parque industrial da Piaggio, fundada em 1882, era originalmente voltado para a produção de locomotivas e aviões e, para não ficar ocioso com o fim da disputa, foi adaptado para a produção da Vespa, sob orientação de Enrico Piaggio, neto do fundador, que convocou Corradino para seus quadros. Tudo se encaixou e a Vespa caiu no gosto popular como prático veículo urbano. Fácil de pilotar, econômica e com baixa manutenção, nunca mais deixou de ser produzida, gerando uma legião de novas marcas e modelos, batizadas de scooters, incorporando avanços técnicos, como câmbio e embreagem automáticos, freios a disco etc. A nova Quarantasei tem desenho retrô, baseada nas formas originais, mas soluções de estilo inovadoras, nascidas no centro de desenvolvimento da marca em Pontedera, Norte da Itália, honrando a badalada escola de desenho do país. O banco, por exemplo, parece flutuar, com somente um apoio, embora comporte o piloto e passageiro. A exemplo de alguns automóveis que têm volante revestido em couro, a Quarantasei também adota o couro nos punhos, com as setas nas extremidades do guidão. O motor tem uma cobertura ligeiramente mais alongada, lembrando uma vespa, que deu nome ao veículo. O propulsor, assim como no modelo original, fica na traseira, ligado diretamente à roda. Essa solução, somada ao quadro de chapas estampadas, permitiu uma posição de pilotagem sentada, em vez de montada, como nas motocicletas, facilitando também o embarque e desembarque, além de contar com escudo frontal, que protege o piloto contra respingos, e espaço para acomodar pequenos volumes e sacolas. O motor de um cilindro, do tipo quatro tempos, também foi projetado no centro de desenvolvimento de Pontedera e vai gerar uma nova família de propulsores. Equipado com três válvulas e refrigeração a ar, tem duas versões: 125cm³ e 150cm³ de cilindrada. A versão 125 desenvolve 11,6cv a 8.250rpm e um torque de 1.05kgfm a 7.000rpm. A versão 150cm³ fornece 13,0cv a 8.000rpm e um torque de 1,28kgfm a 6.500rpm. As mordomias urbanas, como câmbio e embreagem automáticos, estão presentes. Os freios são a disco nas duas rodas. Na estética, com formas limpas e fluidas, o farol fica no guidão, formando conjunto com o painel digital. Já a lanterna traseira tem formato circular e fica embutida na cobertura do motor. A nova Quarantasei vai chegar ao mercado no segundo semestre de 2012 (ainda sem preço definido), com formas praticamente idênticas, apenas com inclusão de retrovisores e suporte de placa.

Fonte  : Téo Mascarenhas - Estado de Minas

terça-feira, 1 de maio de 2012

Victory Judge: power custom inspirada nos muscle cars

 
Ela tem estilo custom, motor com dois cilindros em “V”, é fabricada nos EUA e não é uma Harley-Davidson. Apresentada pela Victory no início do ano, a Judge faz referência aos muscle cars adorados pelos norteamericanos e traz uma proposta de pilotagem um pouco mais esportiva que os outros modelos mais tradicionais do segmento. Para fugir do lugar comum das outras cruisers – como os americanos chamam as customs – e fazer jus à inspiração, a Victoy investiu nas linhas esportivas. O tanque de gasolina, por exemplo, tem traços arredondados e alguns detalhes, como os piscas e a lanterna – integrada na rabeta – são compostos por ângulos retos e desenhos triangulares para criar a sensação de agressividade. A referência tipicamente ianque também pode ser vista nas rodas de liga leve. O formato da estrela de cinco pontas com acabamento cromado sobre um fundo preto segue o estilo do clássico Dodge Charger. As opções de cores chamativas e o contraste delas com o preto fosco também é legado de máquinas como 
Mustang, Camaro e companhia. 
 

Power custom 

Se o tema é “músculo americano”, não basta apenas visual, tem de ter motor. Neste ponto, a Judge também não decepciona. A nova Victory conta com um propulsor Freedom 106 injetado, com dois cilindros em “V” dispostos a 50º de 1731 cm³ e transmissão final por correia dentada (belt drive em fibra de carbono reforçada). Mas, assim como a marca de Milwaukee, a Victory também não declara oficialmente a potência e o torque máximo das suas máquinas. 
Os freios são robustos. Ambos a disco flutuante com 300 mm de diâmetro, contam com pinças de quatro pistões na roda dianteira e pistão duplo na traseira. Já a suspensão traseira é monoamortecida com curso de 75 mm e ajuste na pré-carga da mola, enquanto a dianteira conta com garfo telescópico convencional com 130 mm de curso. O sistema ABS, no entanto, não é oferecido nem como opcional. Em ergonomia, a Judge também se diferencia das outras customs. Com pedais levemente mais altos, a moto não exige pés esticados, o que acaba sendo benvindo para pilotos de estatura menor. O guidão, por sua vez, é mais reto do que o tradicional “chifre de boi” e oferece uma postura de pilotagem ligeiramente mais inclinada, algo que, no caso de uma cruiser, já pode ser considerada como esportiva. 
 

 Nascida em 4 de julho 

 Pertencente à Polaris, a marca Victory nasceu em Spirit Lake, Iowa, na mesma data na qual os Estados Unidos comemoram sua independência. Daí a inspiração para o nome do motor, Freedom. Com line-up composto por 17 modelos, sendo 11 deles diferentes e outras seis edições especiais, a Victory também possui um extenso programa de apoio ao exército norteamericano. Os benefícios incluem desde tour pelas bases militares para teste drive até um desconto de US$ 1.000 na compra de qualquer moto zero quilômetro da marca. Além da Judge, a Victory produz outras duas power customs, a Hammer 8-Ball e a Hammer S. As três motos estão equipadas com o mesmo motor de 1731 cm³. Todavia, quando comparada, a Judge sai na frente das outras versões no peso seco (300 kg), cinco quilos a menos que as duas versões da Hammer. O preço também favorece a versão mais nova. Enquanto a Judge sai por US$ 13.999, as versões 8-Ball e S da Hammer são vendidas por US$ 14.499 e US$ 18.499, respectivamente.
Fonte I Carros