Você já aproveitou bastante sua motocicleta atual e decidiu que chegou a hora de comprar um modelo de maior capacidade cúbica, potência e porte viajar nos finais de semana. O problema é que você ainda não tem todo o dinheiro para ter uma moto “0 km” e não quer contrair novas dívidas. Uma boa opção pode ser as motos usadas ou seminovas. Então é hora de arregaçar as mangas e procurar um modelo que caiba no tamanho de seu orçamento e que também esteja de acordo com seu estilo de pilotagem.
Uma opção é “garimpar” no mercado uma boa moto usada. Seja na internet, de um particular, concessionária ou em uma loja independente, o consumidor deve tomar alguns cuidados na hora de assinar o cheque e concretizar a compra. Confira as dicas da Agência INFOMOTO para não transformar seu sonho em uma dor de cabeça constante:
1) Antes de sair de casa, pesquise no
iMotos o preço médio da moto que você quer comprar. Desconfie de preços muitos baixos.
2) Se você optar por adquirir sua moto em uma loja independente, faça uma pesquisa junto aos órgãos de defesa do consumidor e verifique a idoneidade da empresa e a procedência do veículo.
3) Leve um amigo ou um mecânico de sua confiança para ver a moto. De cara, olhe a aparência geral – trincas na pintura e pequenos amassados no tanque, paralamas e rabeta podem indicar quedas. Fique atento também à numeração do chassi, verifique se não há indícios de adulteração. Veja também pontos de ferrugem, condições do kit de transmissão (corrente, coroa e pinhão), parte elétrica e pneus. Aliás, se o pneu estiver ressecado é sinal que a moto ficou parada por um bom tempo. Preste atenção às pedaleiras, manoplas e manetes, caso estejam muito gastsos podem indicar alta quilometragem. Não confie somente no hodômetro.
4) Com a moto em funcionamento, verifique se há algum barulho estranho no motor, vazamentos nas juntas e se o propulsor está queimando óleo.
5) Peça para fazer um test-drive e conferir a estabilidade e o comportamento das suspensões e a eficiência do sistema de freios. Segurança em primeiro lugar.
6) Com o número do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) em mãos, você pode fazer uma consulta no site do Detran de seu Estado. Veja se existem débitos, dívidas junto a instituições financeiras ou alienação.
7) Confira minuciosamente toda a documentação: Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e do seguro obrigatório (DPVAT) e certificado de registro e licenciamento do veículo. Outra precaução é verificar se a moto não consta no cadastro de veículos roubados (CNVR).
8) Se o recibo de venda estiver rasurado, o reconhecimento da assinatura no documento não será efetuado pelo cartório. Se isso ocorrer, o vendedor deverá pedir uma segunda via do documento ao proprietário da moto. Na hora do acerto, o certificado de transferência deve ser preenchido, datado, assinado e contar com firma reconhecida. A transferência do veículo deve ser realizada no prazo de 30 dias, a partir da data do recibo de compra e venda.
9) Antes de comprar qualquer veículo, o Detran-SP orienta que o interessado solicite uma vistoria da moto junto ao órgão de trânsito. As informações estão disponivéis no
site do Detran - ícone Veículos – Vistoria Veicular. O procedimento é simples, porém trabalhoso. Leve ao setor de vistoria o veículo e os seguintes documentos: Original do CRV - Certificado de Registro do Veículo (documento de transferência); original do CRLV - Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo e RG original. O serviço é isento de taxa. A cidade de São Paulo, por exemplo, conta com três pontos de vistoria.
10) Exija nota fiscal e termo de garantia da revenda ou da loja, laudo técnico de inspeção e o certificado da inspeção veicular ambiental (caso a moto esteja registrada na cidade de São Paulo).
Texto: Aldo Tizzani (Infomoto) / Foto: Agência INFOMOTO e Divulgação / Fonte: iCarros